(Não)dá pra acreditar.

Você me disse: Vem comigo, pula. Eu pulei e você ficou. Eu caí do precipício e despedacei la no chão. E agora vai dá trabalho pra poder me juntar inteira. Dá pra ouvir daqui de baixo seu riso de ironia. E mais uma vez, depois de tanta ficha apostada,de tanto dedo cruzado, de tanta moeda jogada na fonte, de tanta gente deixada pra trás...você disse Não.Não pra nossa enrolação, não pra o dia que dormi na sua casa,não pra toda vez que você me pediu pra ir buscar algo pra você:  ''O que é que você não me pede chorando que eu não lhe dê sorrindo?'', não pra um milhão  de massagens feitas,não pra minha mensagem dizendo ''Eu te amo'', não pra gente deitado na cama rindo do tédio,não pra dormir de conchinha vendo filme de terror, não pra assistir todos os filmes em cartaz da semana,não pr'eu enchendo o saco bêbada,não pra passar horas mexendo no seu cabelo,não pra tudo que aconteceu nesse um mês de quase não-e-sim. Mas você disse não. Pra mim,pra tudo isso, pra essa história,de novo. Mais uma vez você age como se o seu ''Não'' não fosse um eco profundo que eu sou obrigada a ouvir todos os dias quando o sol me dá bom dia: Não,não,não! Você pediu e eu já vou daqui...