É inverno no inferno e nevam brasas. hahahahha


quinta-feira, 28 de julho de 2011

A vida é desconcertante

Hoje acordei mais ''pra lá'' do que ''pra cá'', na verdade os meus dias sempre tem sido mais''pra lá''. E quando estava tão ''pra lá'' mas la na rua sem saída do ''pra lá'' sentei em na minha cama e abri um livro chamado Só para amigas, o que eu discordo, deveria estar escrito: Só para a Minha amiga. Fechei os olhos bem fortes pra abrir uma pagina que fosse como uma espécie de consolo, como se estivesse ali, naquele momento comigo e me dissesse alguma coisa. Eu sempre acabo recorrendo a você, direta ou indiretamente. E a página 36 dizia assim:'' A vida é desconcertante. Porém, as amigas fazem com que seja mais simples compreendê-la. É agradável saber que, não importa onde nem o que estejamos fazendo, pelo menos uma coisa (a amizade) sempre permanecerá a mesma. Obrigada por ser uma pessoa sempre presente em minha vida.'' O livro tomou forma, cabelo cacheado com ponta loira, voz chata, face hora doce, hora agressiva, hora extremamente alegre e com dobrinhas embaixo dos olhos, e, principalmente, um nome: Lia.


Pra Maju Cavalcanti

domingo, 24 de julho de 2011

Ultimamente comecei a perceber que eu preciso muito das pessoas. Eu sou tão só. Tenho que aprender a ser assim, única,eu. Pareço uma criança que não saber andar sozinha. Que eternamente não tirou a rodinha da bicicleta, iaí eu vivo trocando porque se não me estabefo toda e bato com a cara no chão. Choro,dói tanto que rala até o coração. Aí a rodinha fica velha, ja andei com uma só por aí.. capengando. Caindo de minuto em minuto. Até aparecer outra,outra. Acho que chegou a hora de pedalar sem rodinha,passar pelo quebra-mola e não cair,assumir o controle da situação sozinha e sair por aí. Porque a minha vida na verdade era isso até agora, eu com as mãos no volante achando que controlo alguma coisa e alguém sendo a rodinha da minha bicicleta, sustentando um edifício inteiro. E eu que ainda achava que era dona da minha vida...

A morte

Até alguns dias atrás eu achava que ela passava bem longe de mim, mas descobri que pra todos nós que estamos aqui, ela nos olha bem de perto, como do outro lado da esquina. A diferença é que uns atravessam a rua mais rápido que outros, mas todo mundo SEMPRE acaba do outro lado um dia.O fato é que é cada um por si, e ela sai por ai dizendo: ''Calma, tem pra todo mundo''. Tem o que? Morte pra todo mundo? Mas tem de graça. A morte vive e a vida morre. Todos os dias é menos um que a gente ouve por aí. A morte é assim: Pode vim disfarçada de muitas formas,pessoas e lugares. E foi num dia desses que me encontrou. E eu, como você,acho que tenho vida longa e que morte ta longe pra mim. Mas  olha só ela vindo de la, sorrindo, com fome de alma. É por mim e por você que ainda vive, sim. A morte vive para os sobreviventes, aqueles que ainda a desafiam. Não foi dessa vez. Depois desse episódio lembrei muito de um livro que eu li chamado ''A menina que roubava livros'' e ele diz ''Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.'' Pois bem, quando a vida, extremamente vida,intensamente viva, conta uma história, você deve parar para ler também. Tin Tin!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A-m-o-r

Estava andando na rua enquanto meu ouvido captou por um segundo uma menina que passou ao meu lado cantando, e pela minha pressa, só deu mesmo  pra ouvir a palavra Amor. Ela passava talvez calma ou apressada, não sabia se era amável ou amarga,mas cantarolava  sem vergonha o amor. De fato,amava. Continuei andando e lembrei muito dela e daquela palavra que a propósito sempre existiu em mim, mas agora não saía da minha cabeça; Amor Amor Amor A-m-o-r. Era por causa dele que Mariana o perdoou. Era por causa dele que Joana continuava a deixar mensagens na caixa postal. Era por causa dele que Marina rodou o mundo para procurá-lo, era por causa dele que Aline o aceitou em casa depois de tanto tempo desaparecido, era por causa dele que Giovanna arrastava ainda aquele casamento. Era por causa do amor. Merda. Eram mulheres super apaixonadas,hiper apaixonadas,tanto que não tinham mais decisão sobre suas vidas nem sobre o amor que sentiam. Sim,se amavam. Toda mulher no fundo se ama um pouquinho, mas é que é chato gostar da gente mesmo.Não temos duas bocas,nem quatro braços, pra se beijar,abraçar e dizer coisas de amor. A gente gosta de ficar bonita, de parecer bonita porque a gente quer mesmo é gostar do outro, é que ele goste da gente. Daí pensamos que vai ser tão lindo,seria tão bom,tão maravilhoso se....Puro estrago. O amor é um verdadeiro termômetro. Ta frio,ta quente e quase sempre se quebra. Daí compramos outro,quebramos,e mais outro...há vários,sabia? Difícil é achar um que não se quebre com tanta pressão.Vende na farmácia, a diferença é que um custa mais caro em nossa vida que outros.  Só sei que de todas as suas definições e teses, nada pude concluir, não consegui experiência mais perto do que: Sentir. E cá pra nós, aqui dentro sempre habitou. Sim, o amor e seus diversos tipos. Amor pela fé,pela minha familia,pelos meus amigos,amor por um  momento,por um lugar,amor por uma flor. Amor por um grande amor.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Anti-tétano

A verdade é que ando meio acabada,enferrujada. Meio caindo aos pedaços,sabe? Não, não é só fisicamente mas emocionalmente também. Comecei a reparar que as sextas-feiras são tão esperadas para eu fazer o de sempre; Tomar banho e trocar um novo pijama. Alias, está faltando pijama em minha gaveta. Estão sujos, pois, ultimamente, é o que mais uso.  Meus olhos,hoje em dia, reclamam. Não pelo excesso de rímel, mas sim pela ausência dele. Hoje me encontro sem brilho nos olhos, sem sombra-gliter,lapis de olho e pó compacto. Meu rosto se tornou comum,como aquele que a gente fica em casa: Sem nada. Minhas roupas-de verdade-quero dizer, não os pijamas, se encontram de mofo em meu armário porque....quanto tempo não as tiro para usar? Enquanto você,meu bem, toda sexta-feira anda sambando em cada esquina, e com esse seu jeito boêmio lhe faltam roupas  para sempre aparecer. Piajama só usa um, isso quando volta pra casa. Percebi que fui deixando de ser Eu, por você, enquanto você nunca deixou de ser nem o seu pior  por mim.  Por isso hoje, sairei de casa com lápis nos olhos, delineador, rímel e sombra-gliter, voltando a ser quem eu era, não uso sequer UM pijama. Porque? Não precisarei mais voltar pra casa. A lua me chama, tenho que ir pra rua. Vai ver se eu to lá na esquina. (Devo estar!)

sábado, 2 de julho de 2011

Cansada de reconstrução

Não sei, mas hoje por incrível que pareça acordei cansada do Amor.É, do amor mesmo. E olha que pra ta ouvindo isso de quem é metade amor e a outra metade também é muito difícil. É que hoje, mais do que em todos os outros dias da minha vida, o amor sufocou muito...Tanto,que me perguntei como será possível a gente tentar respirar e não conseguir?Acho que todo mundo passa por isso um dia, e esse é o meu. O dia que você se decepciona com as outras pessoas e com você mesmo. Com a mania que a gente tem de idealizar alguém,e ver que não era nada daquilo que a gente pensava. Não.Nem sempre.Ah, mas que inveja eu tenho dos quase que auto-suficientes! Não demonstram,ignoram,não se importam. Mude um quadro de lugar que dirão: ''Tanto faz!'' Talvez eu ainda seja uma garotinha construindo castelo na beira da praia, sem saber que uma hora ou outra eles sempre desmancham. 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Histórias, nossas histórias...

Acho que todo mundo que escreve tem alguma coisa bem la no fundo para ser vomitada. Alguma coisa que até hoje não foi bem digerida,alguma coisa.........tem! Coisa essa que pertuba, que faz a gente discutir com a gente mesmo, que faz a gente escrever um texto inteiro de olhos fechados só pelo tanto de coisa que precisamos por para fora...Amor,ódio,decepção,esperança..Alguma história que move todo mundo, que faz os finais serem sempre tristes.Ou alegres. Alguma coisa que nunca é claramente dita,talvez por medo, fica sempre guardada no empoeirado baú de mágoas. Um sapato apertado,um alfinete furando por dentro do casaco. Porque será então que a gente não troca de roupa?