É inverno no inferno e nevam brasas. hahahahha


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os dias

De certo reajo de uma maneira mais madura. Mas dói. Dói de novo e fundo, uma dor que eu achei que não sentiria mais. Dor essa que está pre-destinada a partir do momento que dizemos ''Sim.'' Não sei mesmo me despedir das pessoas. Não tenho a cabeça aberta pra admitir que cada um segue o seu caminho e ponto. Sempre acho que apesar de irem embora, são minhas. Para sempre minhas. Até o dia de perder o encanto. O primeiro dia é sempre desesperador. No primeiro dia percebo que você ocupa um espaço muito maior do que eu pensava. Te dei a chave da casa sem saber. No segundo dia as coisas parecem mais quietas, porem pesadas. O segundo dia parece mais o céu nublado cheio de chuva por trás. O terceiro dia é vazio. É no terceiro dia que você percebe os espaços e as horas  vazias. É no terceiro dia que você olha pro espelho e pergunta: O que faço com a noite? Até amanhecer e vim o quarto dia. O quarto dia é continuação do terceiro, mas, na verdade, é um apelo de atenções. No quarto dia o telefone não pode parar, é preciso almoçar fora, passar mais tempo na academia. Qualquer coisa que não deixe o espaço para possibilidade do pensamento. O quinto dia é desesperador, talvez mais do que o primeiro. É no quinto dia que você vê que virão mais 365.589.594 dias daquele jeito. É melhor não pensar no quinto dia. O sexto dia é cheio de planos, afinal, é sabado. O bom do sexto dia é que ele faz a gente esquecer de tudo, apenas dentro das 24 horas. É preciso preparar-se para enfrentar  o sétimo dia daqui pra frente. O sétimo dia é o maior desafio de todos os dias. O sétimo dia é o dia em que o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto e o sexto dia vem á tona. E você percebe que tudo é em vão. O sétimo dia também vem dizendo ''Acorda-que-amanhã-é-segunda, lava o rosto que não há outro jeito de continuar...''

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