É inverno no inferno e nevam brasas. hahahahha


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Doce veneno

A maneira que os dias se passavam minha felicidade aumentava. E eu bem sabia que era passageira. Mas, como de costume, gostamos dos piores venenos, e o de Lucas era um destes, mas com muitas contra-indicações e reações adversas. Minha felicidade era a minha própria ilusão, eu a precisava de tal forma que mastigava-a com o maior prazer, mesmo que no fim o gosto fosse amargo, afinal, acabava sempre concordando que todo amor sempre vale a pena. Para mim, não para ele. E como não piso em terrenos que não conheço, li a bula que dizia: Contra-indicado para você,que  vê em um pequeno fio de linha, a costura de um grande amor. Era eu a contra-indicada para você,meu bem? E por ser antagônica, assim, em ti eu me atirei. A partir de então, em todos os outdoors, livros,frases e sorrisos enxergava-o de tal forma que parecia ter guardado sua imagem no globo do meu olho e seguia hipnotizada. Ah, as reações adversas...Estas me causaram sensações extremas: Ou muito prazerosas ou muito dolorosas. Reclamei muito, quis me desintoxicar mas a este ponto,viciada num grande amor, não mais conseguia recusar o veneno de Lucas. Doía,mas era algo que me fazia  ir la no céu e voltar. Céu? Não. Não se pode falar de céu quando falo sobre Lucas. Mais parecido com ele seria o inferno e todas essas coisas proibidas que me fascinavam. Assim me tornei escrava, era ele quem me dava comida, que ditava os horários e eu o seguia sem mais. Afinal, quem é que quer parar de beber a água do poço que dá vida? 

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